Após 12 anos, Michelle Batista avalia evolução de sua carreira (2024)

Michelle Batista ficou conhecida pelo grande público graças ao seu papel na novela “Malhação”, em 2007, quando deu vida à Clarisse. Depois, participou dos seriados “Os Buchas”, exibido em 2009 pelo Multishow, “Clandestinos – O Sonho Começou” em 2010, “Aline” em 2011, e “Louco por Elas” em 2012, e “Saramandaia” em 2013 – todos exibidos pela Globo.

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Habituada a participar de seriados, Michelle teve como marco em sua carreira a personagem Magali, uma das três protagonistas da produção brasileira “O Negócio”. Já em sua terceira temporada, a série mostra o mundo dos negócios e do mercado de prostituição de luxo. Além da grande aceitação nacional, a série tem dado um reconhecimento internacional para a atriz graças ao seu sucesso em toda a América Latina e, mais recentemente, nos Estados Unidos.

Além dos trabalhos na TV, a artista também mantém seu canal, o GiMi, ao lado da irmã gêmea, onde falam sobre culinária, relacionamentos, lifestyle, entre outras temáticas. A frente de diversos formatos da dramaturgia, com personagens carregados de mensagens fortes, Michelle bateu um papo com a Vogue Brasil e falou sobre seu novo momento como atriz e a importância das novelas em tratarem temáticas sociais. Solteira, ela contou como vê os relacionamentos hoje em dia e a dificuldade de lidar com as rejeições e decepcões.

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Com personagens complexos na careira, exposição e o próprio desenrolar da vida você já passou por algum problema de saúde que precisou de ajuda?
Não. Costumo acreditar que um dos nossos maiores desafios existenciais seja polir o que temos por dentro, se atentar as nossas emoções e expressarmos nossos sentimentos. As pessoas devem saber o quão importantes são, mas também o que precisam para evoluir. E falarmos pode causar transformações significativas e até ‘previnir’ males da alma.


Você interpretou uma prostituta na série ‘O Negócio’. Como foi se preparar para esse papel
Na época da série uma das sugestões era que a gente não buscasse a referência de garotas de programa. O ideal (que ornaria com a essência do roteiro) era ter como referência a high society paulistana e não cair no estereótipo da prostituição em si. Tivemos a oportunidade, também, de passar mensagens de empoderamento, da força e liberdade feminina, questões essas que abordadas pela arte pode sensibilizar e trazer reflexão.

Qual a importância de tratar sobre temas relevantes em seus papeis?
Ser atriz é uma oportunidade de viver as mais distintas realidades. Poder dar luz à temas realmente relevantes engrandece o nosso trabalho. Além disso, como mulher e atriz, sinto que a arte, estando à serviço de temáticas sociais, torna o ofício algo ainda mais significativo. Pois uma série, um filme, uma peça, uma música, são formas de militar, de fazer história, de desconstruir diálogos opressores. Viva a arte!

Ao longo de seus 12 anos de carreira qual foi a fase mais difícil?
A vida é composta por ciclos, e se tudo que é bom passa, o momentos mais desafiadores também terminam. Fazer arte, sobre tudo no Brasil, é estar disposto a se surpreender, se equilibrar, perseverar. E com a maturidade a gente vai aprendendo a lidar melhor com as glórias e não glórias de cada passo. Estamos sempre em processo de construção.

Como ter uma vida normal sendo famosa?
Acredito que nós, na condição de seres humanos, temos as mesmas necessidades. Então vejo minha vida como um processo de aprendizado, isto é, faço tudo, inclusive amo cozinhar. Claro que a vida pública te permite também experienciar situações diferentes, mas costumo sempre voltar meu olhar para meus propósitos, ser bem pé no chão, apesar da exposição, que sei que é parte do meu ofício.

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Você sentiu ou sente cobranças para se casar, ser mãe...?
Essa cobrança de casar está cada vez mais demodé, mas ainda vemos mulheres enfrentando discursos conservadores e tão extremistas. Às vezes penso que talvez o mais difícil pras mulheres (claro, não todas) é a cobrança da maternidade porque biologicamente temos um tempo pra isso mesmo, o que é algo normal e das limitações do corpo humano. Me agrada a possibilidade, sim, de ser mãe, mas assim como cada ciclo na vida, penso que isso será quando eu sentir que é o momento.

Como vê os relacionamentos hoje em dia?
A gente vive no tempo dos amores líquidos, escolher construir uma história com alguém é um ato de resistência. O sociólogo Zygmunt Bauman fala bastante sobre isso, sobre as coisas hoje em dia não serem feitas para durar. E é algo triste, porque parece que o mundo está fragilizado, medroso, impaciente. Contudo, no meio do que possa parecer um caos, há também a possibilidade das relações estruturadas pela calmaria, honestidade, solidez e bem estar. Eu aposto nisso e quero pra minha vida, me considero romântica.

As pessoas estão com mais dificuldade em lidar com as rejeições e decepcões?
Acho que isso é muito pessoal, cada um reage de um jeito. Cada um tem seu universo, suas particularidades. Em situações assim, penso que ser gentil consigo mesma é um exercício importante. Além disso, ressignificar as perdas é uma evolução e nos traz amadurecimento emocional.

Por que e quando você e sua irmã decidiram criar um canal no Youtube?
Começamos faz dois anos porque essa oportunidade de criação de conteúdo abre um mundo de possibilidades. É muito legal poder trocar diretamente com o público que te conhece e acompanha o seu trabalho.

Quais mensagens você considera importante passar em seu canal?
Acho importante ser o mais ‘no filter’ possível. O mais próximo da minha vida real. A gente fala muito sobre a nossa vida, o companheirismo, sobre essa relação de gêmeas e como o mundo estabelece sempre uma comparação que a gente busca evitar, vai desde assuntos importantes a amenidades, porque é assim que a vida é.


Qual situacão mais engraçada que você já passou com sua irmã por serem gêmeas?
Já ganhei muito parabéns na rua por personagens que ela interpretou e vice-versa. Quando dá tempo eu explico, quando não dá, deixo assim mesmo. (risos) E está tudo certo, o carinho é o fundamental e nos alegra.

Vocês moram juntas? Quais os bônus e ônus disso?
Moramos juntas. Sempre foi assim, salvo alguns períodos em que eu morei em São Paulo a trabalho. A gente combina muito e temos uma dinâmica que funciona muito bem. Claro que o ônus disso é que às vezes você quer estar mais silenciosa, ou num canto só seu, com sua única companhia. Todos temos esses momentos! Mas eu amo a presença dela e nos vemos vivendo isso por longos anos.

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Após 12 anos, Michelle Batista avalia evolução de sua carreira (2024)

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